As histórias contadas pelas paredes de um pequeno hotel

26
Dez 09

 

 

Naquela tarde, a empregada da limpeza desceu as escadas ofegante.

- Senhor Silvio, senhor Silvio.

 

A tremer, lá contou a história.

Ia fazer a limpeza dos quartos do segundo piso. A porta do quarto 209 estava só encostada. E quando a empurrou... 

 

Fui com ela.

Era verdade. E como eles gozavam, alheios a tudo; ela agarrada ao travesseiro, gemendo e gritando, ele penetrando-a por trás com toda a força, os corpos suados do esforço.

E ele gritava, ela gemia, e só aquele vai-vém, entra e sai, o prazer a subir, a subir., a subir.

 

A empregada de limpeza olhou para mim, pedindo ajuda.

Agarrei-a com raiva de todo o tempo perdido, empurrei-a contra a parede, levantei-lhe a saia verde da farda do hotel e passei-lhe as mãos pelas pernas húmidas.

Ela fechou os olhos, passou a lingua pelos lábios.

Desapertei o cinto das calças e ali mesmo, no perigo de um corredor deserto, à vista de quem quer que surgisse, possui-a como fogo, desvairado de desejo.


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